18/Jun/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta segunda-feira (17/06). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deverá embarcar até 14,656 milhões de toneladas de soja em junho, segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento novembro da oleaginosa recuou 19,50 cents (1,70%), e fechou a US$ 11,30 por bushel.
Traders seguem monitorando o clima no Meio Oeste dos Estados Unidos, que por enquanto é favorável ao desenvolvimento inicial da safra. A previsão para o fim de junho, no entanto, é de altas temperaturas e chuvas abaixo da média em áreas centrais dos Estados Unidos. Isso deve impedir quedas mais acentuadas dos preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que deverá mostrar o plantio quase concluído no país e a qualidade das lavouras.
Na semana passada, o USDA informou que 72% da safra de soja tinha condição boa ou excelente em 9 de janeiro, e que a semeadura estava em 87%. A ausência de vendas avulsas de soja norte-americana pelo segundo dia seguido também pesou sobre os contratos. Entre 7 e 13 de junho, exportadores dos Estados Unidos relataram três vendas avulsas de soja para a China, totalizando 314 mil toneladas, e uma venda de 120 mil toneladas para destinos não revelados. O USDA informou que 334.237 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 13 de junho, aumento de 42,8% ante a semana anterior. Do total, apenas 3.281 toneladas tinham como destino a China.