13/Jun/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quarta-feira (12/06), após estimativas de produção nos Estados Unidos e no Brasil que vieram acima das expectativas do mercado. O vencimento novembro da oleaginosa, atualmente o mais negociado, recuou 4,25 cents (0,37%), e fechou a US$ 11,47 por bushel. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra de soja 2024/2025 no país em 121,11 milhões de toneladas, sem variação ante o mês anterior. Analistas esperavam um número menor, de 120,96 milhões de toneladas.

Quanto aos estoques domésticos, o USDA elevou as reservas de soja ao fim da temporada 2024/2025 de 12,11 milhões de toneladas para 12,38 milhões de toneladas. A nova previsão ficou em linha com a expectativa dos analistas. Para 2023/2024, a estimativa foi elevada para 9,53 milhões de toneladas. Quanto ao Brasil, o USDA reduziu sua estimativa para a produção de soja na temporada 2023/2024 de 154 milhões de toneladas para 153 milhões de toneladas. Analistas, porém, esperavam uma redução maior. A projeção para a Argentina foi mantida em 50 milhões de toneladas, enquanto o mercado projetava 49,8 milhões de toneladas. Os negócios também foram influenciados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou sua previsão de exportação de soja do Brasil para um volume de 12,9 milhões a 14,656 milhões de toneladas em junho. Na semana passada, o volume estimado para o mês era de 11,8 milhões a 12,368 milhões de toneladas. As perdas foram limitadas por sinais de demanda chinesa pelo grão norte-americano. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 106 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2023/2024. Desde sexta-feira (07/06), foram anunciadas três vendas avulsas de soja para o país asiático, totalizando 314 mil toneladas.