12/Jun/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (11/06). O desempenho refletiu em parte a boa condição das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 72% da safra de soja tinha condição boa ou excelente no dia 9 de junho, em comparação a 59% um ano antes. De modo geral, a qualidade das lavouras parece ser significativamente melhor do que na época correspondente do ano passado, o que deve manter os futuros pressionados. O plantio de soja estava 87% concluído, em comparação a 95% um ano antes e 84% na média dos cinco anos anteriores.
O vencimento julho da oleaginosa caiu 10,25 cents (0,86%), e fechou a US$ 11,78 por bushel. O desempenho do farelo, que caiu mais de 2%, também pesou sobre os contratos da oleaginosa. A oferta volumosa do Brasil no mercado de exportação também influenciou os negócios. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita de soja no País atingia, até o dia 9 de junho, 99,8% da área plantada. Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou a previsão de exportação de soja do Brasil para um volume de 12,9 milhões a 14,656 milhões de toneladas em junho. Na semana passada, o volume estimado para o mês era de 11,8 milhões a 12,368 milhões de toneladas. Em junho do ano passado, foram embarcados 13,84 milhões de toneladas de soja.
As perdas foram limitadas por sinais de demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 104 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2023/2024. No dia 7 de junho, o USDA já tinha anunciado uma venda de igual volume para o país asiático. Antes disso, porém, a última venda avulsa para a China tinha ocorrido em 19 de janeiro. Investidores também continuaram ajustando posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quarta-feira (12/06). Segundo analistas, a estimativa de produção de soja nos Estados Unidos em 2024/2025 deverá ser reduzida levemente, de 121,11 milhões de toneladas para 120,96 milhões de toneladas.