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10/Jun/2024

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (07/06). O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deverá embarcar até 12,368 milhões de toneladas de soja em junho, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento julho da oleaginosa caiu 20,75 cents (1,73%), e fechou a US$ 11,79 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 2,14%. Investidores também ajustaram posições, em antecipação ao relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quarta-feira (12/06).

No relatório de maio, que trouxe os primeiros números para a safra 2024/2025, a agência estimou a produção nos Estados Unidos em 121,11 milhões de toneladas, em comparação a 113,34 milhões de toneladas no ciclo 2023/2024. Analistas esperavam um número menor, de 120,58 milhões de toneladas. As condições no Meio Oeste dos Estados Unidos, por enquanto, seguem favoráveis à conclusão do plantio e ao início do desenvolvimento da safra. A previsão para os próximos dias é de tempo seco, mas a umidade do solo é boa após as chuvas recentes. De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, boa parte do Meio Oeste não apresenta nenhum nível de estiagem. Importantes Estados produtores, como Iowa, Illinois e Minnesota, já estão livres da seca. O avanço da colheita na Argentina foi outro fator de pressão.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que os trabalhos alcançaram 92,2% da área apta, avanço de 6,2% na semana passada. O rendimento médio nacional está em 3.030 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 50,5 milhões de toneladas. Um anúncio de venda avulsa de soja norte-americana para a China não foi suficiente para impulsionar os contratos. O USDA informou que exportadores relataram venda de 104 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega no ano comercial 2023/2024. Segundo analistas, a compra chinesa pode ter sido uma reação à Medida Provisória 1.227/2024, que limita o uso de créditos do PIS/Cofins e está levando muitos produtores brasileiros a segurarem a commodity. A China comprou soja da safra velha, pois pode estar preocupada com a situação tributária no Brasil.