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07/Jun/2024

Soja puxou as exportações para baixo em maio

Segundo a Análise Econômica, a moderação dos embarques de soja explica a diminuição do superávit comercial em maio deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2023. O movimento é atribuído tanto à quebra da safra, que diminuiu a quantidade do grão exportado pelo Brasil, quanto à manutenção do preço da soja em níveis baixos até o momento em 2024. Apesar da quebra de safra no Brasil pelo El Niño, outros países produtores, como os Estados Unidos, conseguiram manter a produção em níveis elevados. A oferta seguiu forte e o preço chegou até a cair em alguns momentos. A balança comercial teve superávit de US$ 8,534 bilhões em maio, conforme divulgou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta quinta-feira (06/06).

O resultado refletiu recuo de 7,1% na média diária das exportações na comparação com maio de 2023 e incremento de 0,5% nas importações, na mesma base de comparação. Ainda pelo lado das exportações, chama a atenção mais uma vez o recuo significativo dos embarques brasileiros para a Argentina, que diminuíram 42% na comparação interanual. A Argentina está com poucas reservas internacionais de dólares para manter o nível de relação comercial que tinha com o Brasil. Nas importações, o a elevação na média diária, ainda que marginal, está atrelada ao melhor momento da atividade econômica brasileira neste início de ano, com crescimento mais disseminado entre todos os setores. Neste ano, deve haver incremento nas exportações de açúcar e cobre, que podem sustentar o bom resultado.

Para a Tendências Consultoria, a queda nas vendas da soja, na métrica interanual, impediu um resultado mais expressivo das exportações na balança comercial de maio. A safra está menor em relação ao ano passado e os preços têm caído, pelo balanço de oferta e demanda internacional. Os estoques elevados de soja em nível global têm contribuído para a queda dos preços. Chama atenção o aumento nas exportações de café não torrado (73%) e algodão em bruto (303,4%), na mesma métrica, ainda que este último tenha um peso menor no indicador. Em relação ao café, o Brasil pode absorver uma demanda internacional mais forte, diante de uma produção mais fraca de outros países exportadores.

Apesar da queda de 16,6% nas exportações de minério de ferro, a leitura para o ano é positiva. Porém, as exportações podem ser limitadas pela crise na construção civil, sobretudo na China. Por outro lado, o governo chinês implementou medidas de estímulo para o setor, o que pode impulsionar uma melhora nas exportações. Do lado das importações, há uma alta de veículos automóveis de passageiros, resultado atrelado a um cenário um pouco melhor da economia doméstica neste início de ano. O aumento da massa de renda das famílias contribuiu para esse aumento da demanda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.