07/Jun/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quinta-feira (06/06). Traders cobriram posições vendidas após o mercado ter recuado nos sete pregões anteriores e acumulado perda de 5,7% no período. Os ganhos também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu quase 3%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.
O vencimento julho da oleaginosa subiu 22,75 cents (1,93%), e fechou a US$ 12,00 por bushel. Incertezas quanto aos possíveis impactos da Medida Provisória 1.227/2024, que limita o uso de créditos do PIS/Cofins, também deram suporte aos preços. Segundo cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a medida reduzirá em 4% o preço pago aos produtores e terá impacto de até 5% sobre o valor da soja. Haverá prejuízos tanto para a exportação da soja quanto para a industrialização das oleaginosas. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do piso das estimativas do mercado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 189,6 mil toneladas de soja da safra 2023/2024, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 30 de maio. O volume representa queda de 43% ante a semana anterior e de 42% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2024/2025, foram vendidas 73,8 mil toneladas. O total vendido foi de 263,4 mil toneladas. A China não apareceu entre os compradores. Até agora, os Estados Unidos não venderam soja da safra 2024/2025 para o país asiático.