03/Jun/2024

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a moratória da soja (pacto do setor privado de não comercializar, financiar ou adquirir soja produzida em áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008). Para Fávaro, a moratória não leva em consideração o Código Florestal Brasileiro que permite supressão legal de 65% para áreas do Cerrado e de 20% no Bioma Amazônico. Pela moratória, todos os produtores que seguirem a lei, desmatarem dentro do permitido após 2008 e com autorização dos órgãos ambientais, não terão a soja comprada pelas tradings.

As empresas exageraram na medida e com isso estão empurrando o produtor para ilegalidade para vender a soja. É uma medida importante porque ninguém quer produção de desmatamento, mas o País tem o Código Florestal mais rígido do mundo. Segundo Fávaro, em Mato Grosso, maior produtor do grão, há estimativa de impacto de 1 milhão de hectares de soja que não pode ser comercializada para as tradings em virtude da moratória. A moratória é questionada pelo setor produtivo e pelo governo de Mato Grosso. Fávaro elogiou um projeto da Assembleia Legislativa do Estado que prevê retirada de incentivo fiscal às tradings que adotam a moratória e atuam no Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.