09/May/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (08/05). Traders deram continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na terça, após a alta de mais de 7% acumulada nas quatro sessões anteriores. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 13,211 milhões de toneladas de soja em maio. O vencimento julho da oleaginosa recuou 18,75 cents (1,50%), e fechou a US$ 12,27 por bushel.
Preocupações com as enchentes no Rio Grande do Sul limitaram as perdas. Além dos impedimentos na colheita, a logística de escoamento do Estado também está comprometida, visto que há bloqueios totais e parciais em muitos locais. Por conta disso, é possível que uma empresa que fosse exportar por Rio Grande tenha que originar sua soja em outro Estado e realocar esse volume para exportar através de outro porto, destacou a Anec. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (10/05).
O relatório de maio é bastante aguardado porque traz as primeiras estimativas para a safra 2024/2025, que está sendo semeada no país. De acordo com analistas, a produção de soja nos Estados Unidos em 2024/2025 deverá ser estimada em 120,58 milhões de toneladas, ante 113,36 milhões de toneladas no ciclo 2023/2024. Em fevereiro, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o USDA projetou a safra em 122,62 milhões de toneladas. Quanto à América do Sul, a estimativa para a safra de soja no Brasil em 2023/2024 deverá ser cortada em 2,4 milhões de toneladas, para 152,6 milhões de toneladas. A projeção para a Argentina deverá ser reduzida em 500 mil toneladas, para 49,5 milhões de toneladas.