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03/May/2024

Prejuízo com prêmios negativos em soja e milho

Pela segunda safra consecutiva, o Brasil terá de lidar com prêmios negativos para a soja e o milho, aponta estudo do consultor Carlos Cogo, feito sob encomenda para a fabricante de sistemas de armazenagem de grãos Kepler Weber. O estudo foi apresentado na Agrishow, feira de tecnologia agrícola que ocorre até amanhã, em Ribeirão Preto (SP). Segundo a Kepler Weber, as perdas podem alcançar R$ 41,4 bilhões para milho e soja, por causa dos prêmios negativos, sendo R$ 21,2 bilhões para o milho e R$ 20,1 bilhões para a soja.

O prêmio é um valor somado ao valor do contrato de referência na Bolsa de Chicago (CBOT) antes da conversão de dólares por bushel para reais por saca, no caso da soja. O valor pode representar um ágio ou um deságio frente ao preço do contrato que vai se refletir na oferta e na demanda do produto brasileiro destinado à exportação. Trata-se de uma forma de poder competir com outros exportadores, corrigindo distorções e alinhando vantagens e desvantagens derivadas da oferta para exportação. A Kepler explicou ainda, com base no estudo, que no ano passado os prêmios do milho afetaram os resultados da commodity entre maio e setembro.

Neste ano, o período negativo deve ocorrer entre abril e setembro. No caso da soja, as perdas afetaram os resultados entre março e julho do ano passado e entre janeiro e maio deste ano. De acordo com o CEO da Kepler Weber, Bernardo Nogueira, durante coletiva de imprensa para apresentar o estudo na Agrishow, os números demonstram também o custo da ineficiência pós-colheita, do embarque até os portos. Para ele, a origem do problema se deve em parte a um déficit de armazenagem superior a 100 milhões de toneladas, que tem impacto na formação dos prêmios para exportação, afirmou. Fonte: Broadcast Agro.