17/Apr/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (16/04). O mercado foi pressionado novamente pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. Na semana passada, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que o Brasil deverá embarcar 12,73 milhões de toneladas de soja em abril. O vencimento julho da oleaginosa caiu 12,00 cents (1,02%), e fechou a US$ 11,60 por bushel. O início do plantio nos Estados Unidos também pesou sobre as cotações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores tinham semeado até o dia 14 de abril 3% da área total prevista, em comparação a 3% um ano antes e 1% na média dos cinco anos anteriores. Analistas esperavam um número um pouco menor, de 2%. Também influenciou os negócios o avanço da colheita no Brasil. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita da safra brasileira atingia, até o dia 14 de abril, 83,2% da área plantada no País. Há atraso de 1,8% em relação a igual período do ano passado e avanço de 6,8% em uma semana.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estimou a produção brasileira em 153,8 milhões de toneladas, acima da previsão mais recente da Conab, de 146,52 milhões de toneladas. A boa demanda interna nos Estados Unidos limitou as perdas. A indústria norte-americana processou um volume recorde de 5,35 milhões de toneladas de soja em março, de acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa). O volume representa aumento de 5,48% ante o mês anterior, quando foram esmagados 5,07 milhões de toneladas.