11/Apr/2024

Segundo a StoneX, a tendência baixista dos preços internacionais da soja deve persistir nos próximos meses. O cenário vem mudando pouco. Mas, o clima nos Estados Unidos pode ser determinante para a formação de preços neste trimestre, quando se realiza o plantio no país. A área plantada e o clima nos Estados Unidos passarão a ser observados com mais atenção pelo mercado. Há possibilidade de que a safra de soja tenha influência do La Niña, com impacto sobre a produtividade das lavouras. Outro fator altista seria uma revisão para cima das importações chinesas de soja dos Estados Unidos.

Há muita dúvida sobre se a China vai comprar mais soja dos Estados Unidos. Tanto que ela aproveitou a supersafra do Brasil no ano passado e vem sendo a responsável pelas quedas nas exportações norte-americanas. Por enquanto, há perspectiva de crescimento da área de soja nos Estados Unidos em comparação à safra anterior, o que pesa sobre as cotações. Porém, a tendência de baixa dos preços ocorre principalmente em função das estimativas de estoques mundiais elevados. Além disso, à medida que a colheita avança, é possível que produtores relatem uma melhora da produtividade.

Outro fator baixista é o tamanho da safra da Argentina, estimada no último levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 50 milhões de toneladas. No curto prazo, se os relatórios do USDA e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que serão divulgados nesta quinta-feira (11/04), apontarem novos cortes na produção brasileira, o que já é esperado, os preços podem reagir. Também os fundos especulativos estão com posições muito vendidas. Essa elevada posição líquida vendida abre espaço para a cobertura de posições, o que pode levar à alta de cotações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.