28/Mar/2024
Nesta quarta-feira (27/03), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do seminário “Construindo o Futuro: Biodiesel e Desenvolvimento Sustentável nos Municípios”, na sede do Ministério dos Transportes, em Brasília. O evento, promovido pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso (FPBio), reuniu prefeitos, parlamentares federais, ministros e empresários para avaliar os reflexos da cadeia produtiva do biodiesel no desenvolvimento socioeconômico de diversos municípios brasileiros. Em seu discurso, Fávaro destacou a resiliência do setor para o desenvolvimento da cadeia produtiva que por muitas vezes sofreu ataques infundados quanto à qualidade do biodiesel. “Já enfrentamos todo tipo de discurso contra o programa nacional do biodiesel e estar aqui, hoje, para a gente começar a discutir o futuro com o governo, parlamentares e empresários é a certeza de que vale a pena ser resiliente, vale a pena não ter desistido, ter se dedicado, buscado inovação tecnológica”, disse.
“O Brasil tem a sorte de ter o pai do biodiesel, o presidente Lula de volta ao comando deste País. O Brasil é próspero, cheio de oportunidades, e nós juntos estamos fazendo história nesse País”, completou. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou que o desenvolvimento da cadeia produtiva do biodiesel significa um novo momento da política energética brasileira. “Não tínhamos outro caminho a não ser apostar na transição energética justa e inclusiva. É uma potencialidade natural. É aquilo que o ministro Fávaro fala, o biodiesel deixou de ser um subproduto para ser um coproduto, para ser energia, para poder gerar emprego e renda e para poder desenvolver o País”. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, evidenciou que é momento de comemoração. "Em 15 meses, saímos de B10 para uma perspectiva de B25, como prevê o Combustível do Futuro".
Alckmin ainda lembrou aos presentes que o Brasil é o grande protagonista dos três grandes temas planetários: segurança alimentar, segurança energética e clima. Além das questões de sustentabilidade relacionadas aos biocombustíveis, a produção de biodiesel, feita com matéria-prima nacional, é fundamental para praticamente todas as atividades agrícolas do País, gerando oportunidades na agricultura familiar e na agroindustrialização. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de biocombustíveis do mundo, atrás dos Estados Unidos e Indonésia, respectivamente. A abertura do seminário também contou com a presença do relator do Projeto de Lei do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim, e do Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão. O Projeto de Lei 528/20, batizado como “Combustível do Futuro”, cria um conjunto de iniciativas para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e estímulo ao uso e produção de biocombustíveis.
O objetivo é tornar o Brasil mais sustentável do ponto de vista ambiental e ampliar as fontes renováveis de energia. No evento, o presidente da FPBio, deputado federal Alceu Moreira, pediu empenho do governo para garantir a aprovação do projeto de lei no Senado rapidamente e sem mudanças que atrasem a sanção. Ainda segundo o presidente, assim que “aprovado no Senado e sancionado pelo presidente da República, esse projeto vai desencadear em torno de 130 plantas industriais pelo Brasil inteiro”. "A Câmara fez um belo trabalho. É aprovar rapidamente no Senado, ser sancionada e trazer investimentos no Brasil, gerando emprego e renda, ", reforçou o vice-presidente, Geraldo Alckmin. A construção da lei do Combustível do Futuro contou com a participação de representantes de governo, indústria, associações representativas do setor dos biocombustíveis e comunidade científica. Entre as ações propostas, o PL prevê a elevação dos limites máximo e mínimo para a proporção de etanol anidro na gasolina.
Atualmente, o diesel vendido no Brasil é composto de 14% de biodiesel e, segundo a proposta aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), será acrescido 1% na mistura ao ano, chegando em 20% até 2030. Até o momento, o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal. Caminhões movidos 100% a biodiesel foram exibidos na área externa do Ministério dos Transportes como uma atração à parte ao público que participou do seminário. Também foram expostos grupos geradores movidos apenas a biodiesel. A exposição buscou demonstrar aos presentes os avanços tecnológicos e as possibilidades oferecidas pelo biodiesel como combustível sustentável para o transporte. Fonte: Ministério da Agricultura.