19/Mar/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (18/03). Traders embolsaram lucros após o mercado ter acumulado ganhos nas três semanas anteriores. O avanço da colheita no Brasil, que vem atraindo o interesse de compradores chineses e afetando a demanda pelo grão norte-americano, também pesou sobre as cotações. O vencimento maio da oleaginosa recuou 10,50 cents (0,88%), e fechou a US$ 11,87 por bushel.
De acordo com levantamento da AgRural, a colheita da safra de soja 2023/2024 alcançava, até o dia 14 de março, 63% da área cultivada no Brasil, em comparação com 55% uma semana antes e 62% em igual período do ano passado. Neste momento, quem puxa o ritmo dos trabalhos são as lavouras mais tardias, principalmente as do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do Rio Grande do Sul. Esses Estados, além de terem calendário mais tardio, plantaram a soja 2023/24 com atraso por causa das dificuldades climáticas no fim de 2023.
A pressão deve aumentar nas próximas semanas com o início da colheita na Argentina. O desempenho do óleo de soja, que recuou quase 1,5%, também pressionou os contratos, assim como o fortalecimento do dólar ante o Real. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos foram outro fator baixista. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 686.181 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 14 de março, queda de 12,57% ante a semana anterior.