05/Mar/2024

A Céleres recomenda que produtores brasileiros vendam a soja disponível no curtíssimo prazo em vez de armazená-la à espera de melhores margens. Ainda que os preços atuais não indiquem margens tão relevantes quanto em anos anteriores, margem baixa ainda é margem. A venda é determinante na rentabilidade final do produtor, considerando o cenário atual de margens apertadas a atrapalhadas pelo cenário climático.

A retenção de grãos no decorrer do primeiro semestre não parece oferecer retornos positivos, visto a curva de paridade no cenário base abaixo do custo de carregamento da oleaginosa. Para produtores mais endividados, a venda da soja no curtíssimo prazo é uma estratégia assertiva para evitar renegociação e ganhar fôlego financeiro para o próximo ciclo produtivo. Para o segundo semestre, o cenário base gera um empate técnico entre o produto armazenado e os valores de mercado.

O balanço global aponta para a retomada de estoques a níveis historicamente altos, com estabilidade da curva de futuros na Bolsa de Chicago ao longo de 2024. Considerando o aumento de área de cultivo dos Estados Unidos em aproximadamente 5% na safra 2024/2025, a definição de um cenário altista dependerá do fortalecimento acima do esperado dos preços locais em função do esmagamento para produção de biodiesel, de problemas relevantes de safra no país e da desvalorização do dólar.

Para metade do ano, a expectativa climática ficará entre a neutralidade e o fenômeno climático La Niña de baixa intensidade no país, o que, via de regra, indica piora das produtividades médias nos Estados Unidos. O patamar atual de comercialização da safra 2023/2024 no Brasil está 11% abaixo da média dos últimos cinco anos, referente à penúltima semana de fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.