27/Feb/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta segunda-feira (26/02). Os ganhos foram sustentados pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu quase 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 3,50 cents (0,31%), e fechou a US$ 11,45 por bushel. Uma menor estimativa para a safra brasileira também deu algum suporte aos preços.
A AgRural reduziu sua previsão de 150,1 milhões de toneladas para 147,7 milhões de toneladas. O corte foi motivado principalmente por perdas de produtividade no Paraná e em Mato Grosso do Sul, que foram castigados por altas temperaturas e tiveram chuvas irregulares em janeiro e parte de fevereiro. A alta foi limitada por dados de exportação dos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 974.977 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 22 de fevereiro, queda de 24,5% ante a semana anterior.
O avanço da colheita no Brasil também impediu uma alta mais acentuada das cotações. Segundo a AgRural, os trabalhos atingiram 40% da área cultivada no País na quinta-feira (22/02), em comparação com 32% uma semana antes e 33% um ano atrás. A entrada de grandes volumes de soja brasileira no mercado atrai o interesse de compradores chineses e afeta a demanda pelo grão norte-americano. A estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) indica que o Brasil deve embarcar 7,3 milhões de toneladas da oleaginosa em fevereiro.