23/Feb/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (22/02). O mercado ainda é pressionado pela entrada de grandes volumes de soja brasileira no mercado de exportação, o que atrai o interesse da China e afeta a demanda pelo grão norte-americano. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deve exportar 7,3 milhões de toneladas da oleaginosa em fevereiro.

O vencimento maio da oleaginosa recuou 12,50 cents (1,07%), e fechou a US$ 11,52 por bushel. A expectativa é de que a safra brasileira seja volumosa, mesmo com a quebra esperada. A Agroconsult reduziu sua previsão, mas o número veio acima da estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A projeção da consultoria foi reduzida em 1,6 milhão de toneladas, para 152,2 milhões de toneladas, enquanto a Conab prevê 149,4 milhões de toneladas.

As perdas foram limitadas por uma menor estimativa para a safra da Argentina. Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, a produção no país deve alcançar 49,5 milhões de toneladas, volume 2,5 milhões de toneladas menor do que o projetado em janeiro, devido às condições climáticas desfavoráveis. O corte só não foi maior por causa das chuvas que caíram entre 7 e 14 de fevereiro. Em seu último relatório de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção argentina em 50 milhões de toneladas.