22/Feb/2024
A Agroconsult revisou para baixo a previsão para a safra brasileira de soja 2023/24, que deve alcançar 152,2 milhões de toneladas, queda de 1,6 milhão de toneladas em comparação com a projeção anterior, divulgada em 18 de janeiro, e 4,7% menor em relação à safra anterior. A avaliação da empresa tem como base dados levantados pelo Rally da Safra, que já percorreu quase 30 mil quilômetros em 33 dias de viagem, com 125 municípios visitados, concluindo 60% da etapa soja. A produtividade média do Brasil também foi revista para 55,5 sacas de 60 Kg por hectare.
Em Mato Grosso, os técnicos avaliaram lavouras nas regiões norte, oeste, médio-norte e sudeste do Estado. As áreas plantadas entre início de setembro e meados de outubro, que correspondem a cerca de 40% do total, foram as mais prejudicadas pelas altas temperaturas e baixo volume de chuvas, principalmente aquelas destinadas ao algodão. Já as áreas plantadas ao longo de outubro e novembro tem apresentado melhor potencial, apesar de também terem sido afetadas pelo clima. A estimativa de produtividade para o Estado foi mantida em 52,5 sacas de 60 Kg por hectare, 17,7% abaixo da safra anterior.
Em Goiás, foi constatado que as lavouras plantadas em setembro e início de outubro foram as mais prejudicadas e apresentam perda de potencial. Os plantios realizados de meados de outubro em diante foram beneficiados pelo retorno das chuvas em dezembro, o que levou a uma revisão da produtividade média para 59 sacas de 60 Kg por hectare (56 sacas de 60 Kg por hectare na estimativa pré-Rally). Quadro semelhante ocorreu na Bahia, onde a estimativa foi revisada para 60 sacas de 60 Kg por hectare, ante 58,5 estimados no pré-Rally.
Em Mato Grosso do Sul, houve uma piora do cenário no sul do Estado em virtude do clima quente e seco ao longo de dezembro e janeiro que levou à revisão da produtividade para 57,5 sacas de 60 Kg por hectare (59 sacas de 60 Kg por hectare na projeção anterior). Houve redução da produtividade também em Minas Gerais (de 59 sacas de 60 Kg por hectare para 57 sacas de 60 Kg por hectare) e São Paulo (de 60 sacas de 60 Kg por hectare para 55 sacas de 60 Kg por hectare), diante dos danos causados pelo clima em áreas que estavam em desenvolvimento.
No Paraná e Rio Grande do Sul, sob impacto da seca em janeiro e início de fevereiro, as produtividades foram reduzidas para 58 sacas de 60 Kg por hectare e 53 sacas de 60 Kg por hectare, ante 60 sacas de 60 Kg por hectare e 55,5 sacas de 60 Kg por hectare, respectivamente, no pré-Rally. Para o Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins), as estimativas tiveram uma pequena melhora, com produtividade estimada em 55,5 sacas de 60 Kg por hectare, e melhor distribuição de chuvas no Maranhão e Piauí. Em Tocantins, as condições ainda continuam irregulares, mantendo o potencial divulgado anteriormente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.