19/Feb/2024
Segundo a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com aplicação de imagens de satélites, as chuvas acumuladas nos últimos 10 dias, que ultrapassaram 80 milímetros, favoreceram o início do ciclo da 2ª safra de milho de 2024, apesar da umidade abaixo da média na maior parte da Região Centro-Oeste. Em Mato Grosso, a umidade do solo encontra-se em nível superior em fevereiro, em comparação com o último bimestre de 2023, quando teve início do ciclo da soja. No Estado, a produtividade média estimada pela empresa para o milho segunda safra é de 112,3 sacas de 60 Kg por hectare, 2% menor que na safra passada, mas 5,2% superior à projeção atual da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a soja, na região sudeste de Mato Grosso, houve quebra de cerca de 70% nas áreas plantadas em setembro e de 10% a 20% nas lavouras semeadas a partir de novembro. Outras áreas no centro do Estado deverão apresentar resultado menos desfavorável, mas ainda ruim.
A quebra estimada no Estado deve chegar a 17,6% sobre a safra passada, com produtividade média de 51,8 sacas de 60 Kg por hectare. Em Goiás, o quadro é semelhante. A EarthDaily Agro projeta um início para o milho 2ª safra de 2024 mais favorável do que o ocorrido na soja e uma produtividade de 94,8 sacas de 60 Kg por hectare, 10,8% inferior à temporada passada (favorecida por boas condições climáticas). No caso da soja, após um início seco, aumentou o volume de chuvas no fim de dezembro e janeiro, resultando na melhora da umidade do solo, com nível próximo à média nas últimas semanas, e reduzindo as perdas provocadas pela seca de novembro e dezembro. A piora considerável do índice de vegetação, principalmente a partir da segunda quinzena de janeiro, levou a empresa a manter a avaliação pessimista quanto ao potencial produtivo das lavouras de soja e a estimativa é de 59,4 sacas de 60 Kg por hectare, 8,7% abaixo da temporada passada.
Em Mato Grosso do Sul, apesar da umidade do solo baixa durante a maior parte do ciclo da soja, a perspectiva é de bom começo para o milho 2ª safra de 2024. A projeção da EarthDaily Agro é de 88,8 sacas de 60 Kg por hectare, resultado 4% maior que o atualmente estimado pela Conab. Para a soja, o Estado deverá registrar a menor queda na Região Centro-Oeste. As propriedades apresentam boa uniformidade do estágio de cultivo. A evolução do índice de vegetação aponta um cenário mais favorável do que os anos ruins de 2022 e 2019, mantendo um viés mais otimista e uma estimativa de produtividade de 59,2 sacas de 60 Kg hectare, 4,6% menor que na safra anterior. Na Região Sul, em São Paulo e em parte de Minas Gerais, queda da umidade do solo tem diminuído o potencial produtivo das lavouras, especialmente na Região Sul, trazendo início desfavorável para o milho 2ª safra de 2024. No Paraná, por exemplo, a seca se instalou e pode causar impacto no início da 2ª safra de milho 2024.
A estimativa é de 87,9 sacas de 60 Kg por hectare, resultado 11,3% menor que na safra passada. A projeção indica de queda no potencial produtivo da soja, chegando a 54,6 sacas de 60 Kg por hectare, 15,1% a menos que na temporada anterior. O pessimismo se mantém no Rio Grande do Sul. A umidade do solo nos últimos dias apresentou leve melhora, no entanto, o índice de vegetação da soja continua em nível inferior em comparação ao ano ruim de 2020. A projeção para a soja é de 45,2 sacas de 60 Kg por hectare, resultado 17,3% menor do que a Conab atualmente estima. Para os próximos dez dias, tanto o modelo europeu (ECMWF), quanto o norte-americano (GFS) estimam temperaturas abaixo da média na maior parte do País e chuvas em boa parte da Região Sudeste e parte da Região Centro-Oeste. A Região Sul deve continuar com tempo predominantemente seco. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.