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07/Feb/2024

Biond Agro: novo corte na previsão para soja e milho

A Biond Agro, consultoria especializada em gestão e comercialização de grãos, divulgou nova previsão para a safra brasileira de soja e milho 2023/2024 na qual realizou o quarto corte consecutivo nas perspectivas de produção. A colheita da soja pode cair de 153,2 milhões de toneladas para 152,6 milhões de toneladas. Desde a revisão passada, o número projetado já demonstrava que o ciclo atual 2023/2024 não quebrará o recorde de 2022/2023.

As análises mostram o clima adverso como protagonista das reduções, prejudicando bastante as áreas de plantio precoce e/ou plantio realizado entre setembro e outubro. Para o milho, a primeira projeção Biond Agro da safra brasileira (1ª e 2ª safras) aponta para uma produção de 118 milhões de toneladas, uma baixa em comparação com a safra 2022/2023, projetada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em quase 132 milhões de toneladas.

As projeções continuam a apontar para uma redução do potencial produtivo do Brasil, tanto para soja como para o milho. Após percorrer cerca de 2.500 Km no estado de Mato Grosso e ver de perto a realidade das lavouras, a Biond Agro fez o quarto corte produtivo para acompanhar a piora nos cenários de desenvolvimento das lavouras, somente em Mato Grosso, as projeções apontam para uma perda superior a 20% de produtividade versus o ciclo passado.

A safra 2022/2023, apesar da menor área semeada (44 milhões de hectares frente aos 45,4 milhões de hectares deste ano), obteve uma melhor distribuição de chuvas e temperaturas mais amenas durante o desenvolvimento da soja em grande parte do País. Nesta safra, o cenário é exatamente o oposto, ou seja, ano sob efeito do fenômeno El Niño forte e cenário de chuvas bastante desiguais sobre o território brasileiro. Houve excesso de chuvas na Região Sul do País e na Argentina, enquanto as chuvas no Centro-Norte foram bastante esparsas, somada à altas temperaturas.

Isso fez com que o cenário de plantio acontecesse de maneira desigual e as chuvas durante o período de desenvolvimento também. Por conta disso, as estimativas de produção total estão tão dispersas, indo de 143 milhões de toneladas a 158 milhões de toneladas. Para a safra deste ano, apesar da quebra produtiva no Brasil, os preços continuam pressionados para baixo. Esse fator é associado pelo conforto na oferta da América do Sul, com a recuperação da Argentina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.