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07/Feb/2024

Biodiesel: indústria vai elevar a demanda por soja

Influenciada pela ampliação na mistura de biodiesel ao diesel para 14% (B14) a partir de março, e pelo consumo interno aquecido para o combustível, a indústria de biodiesel deve elevar em quase 28% a demanda por soja para processamento de óleo neste ano, principal matéria-prima do biocombustível. Segundo a nova projeção da consultoria StoneX, a indústria de biodiesel deverá consumir 36,8 milhões de toneladas de soja em 2024, contra 28,8 milhões de toneladas no ano passado. Com esse volume, a fabricação do biocombustível poderá alcançar o recorde de 8,9 milhões de metros cúbicos.

A produção do biocombustível vai em linha com o consumo, estimado em 8,8 milhões de metros cúbicos. Em 2023, o consumo de biodiesel cresceu 19,2%, para 7,4 milhões de metros cúbicos. A produção chegou a 7,5 milhões. O avanço de 2% na mistura obrigatória (de biodiesel ao diesel) provocará grande impacto na demanda por matérias-primas, com destaque para o óleo de soja. A mistura com B12 passou a valer a partir de abril de 2023, e um novo cronograma de aumentos na mistura também foi definido no ano passado. E mesmo com a provável quebra na colheita de soja, após problemas com seca e chuvas durante o plantio da safra 2023/2024, não há temores de que falte produto para atender ao novo mandato.

Por enquanto não há preocupação, o B14 é uma mistura bem viável considerando o que o Brasil produziu de soja e óleo nos últimos anos. Importante lembrar que houve excedente na produção de óleo de soja nos últimos dois anos, que levou à destinação ao mercado externo, algo que deve diminuir neste ano já que a demanda interna estará mais forte. Além disso, a safra do Brasil ainda terá um volume considerado grande, apesar de não configurar um novo recorde.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu sua estimativa para produção de soja em 2024. A entidade projetou uma safra de 156,1 milhões de toneladas, abaixo das 160,3 milhões de toneladas estimadas no mês passado. O processamento da soja em grão foi mantido em 54,5 milhões de toneladas em função das expectativas de demanda pelo farelo e óleo de soja. Portanto, não há preocupação quanto ao atendimento à demanda de soja para produção do biocombustível. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.