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06/Feb/2024

Futuros de soja em alta com movimento de correção

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (05/02). O mercado passou por correção após ter recuado nas duas sessões anteriores e acumulado perda de 2,76% no período. Dados de exportação dos Estados Unidos também deram algum suporte aos preços. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,43 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana encerrada em 1º de fevereiro, aumento de 56% ante a semana anterior. O vencimento março da oleaginosa subiu 7,75 cents (0,65%), e fechou a US$ 11,96 por bushel.

Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O avanço da colheita no Brasil também impediu uma alta mais acentuada das cotações. A AgRural afirmou que os trabalhos alcançaram no dia 1º de fevereiro da área estimada, em comparação com 11% uma semana antes e 9% um ano atrás. O índice segue puxado por Mato Grosso e pelo Paraná, e é o segundo maior já registrado para esta época do ano, ficando atrás somente dos 19% da safra 2018/2019. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que sai nesta quinta-feira (08/02). Segundo participantes, o mercado deverá ficar atento à estimativa para a safra brasileira, que em janeiro foi reduzida de 161 milhões de toneladas para 157 milhões de toneladas.

O número, porém, ainda é bem maior do que as projeções mais recentes de consultorias e entidades do agro, e a expectativa é de que o USDA faça um novo corte. O Citi reduziu sua estimativa em 12 milhões de toneladas, para 148 milhões. Ainda assim, a América do Sul deverá ter uma colheita abundante, com perspectivas positivas trazidas pela Argentina. O relatório do USDA de fevereiro não costuma ter grande impacto sobre os negócios, mas as estimativas para a América do Sul serão acompanhadas com atenção. As projeções para o Brasil estão variando muito, mas o USDA terá de fazer um corte extremo para que a oferta global fique abaixo de níveis confortáveis.