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05/Feb/2024

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (02/02), pressionados pela valorização do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. A moeda norte-americana subiu depois dos números do relatório de empregos dos Estados Unidos, que devem levar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a postergar o início da flexibilização da política monetária neste ano. O vencimento março da oleaginosa caiu 14,75 cents (1,23%), e fechou a US$ 11,88 por bushel. A demanda de exportação para commodities dos Estados Unidos está fraca, e o aumento no dólar não ajudará.

As vendas de soja reportadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), abrangendo os anos de comercialização 2023/2024 e 2024/2025, somaram apenas 165,8 mil toneladas, incluindo a redução de 407,4 mil toneladas em vendas previamente anunciadas para destinos desconhecidos em 2023/2024. Nesta época do ano os Estados Unidos estão entrando em sua entressafra, que coincide com a chegada da safra brasileira. O forte recuo do petróleo também pesou sobre as cotações, pois faz com que as refinarias tenham menos incentivos para misturar o biodiesel ao diesel.

O óleo de soja recuou 87 pontos e terminou 44,73 centavos de dólar por libra-peso. Além disso, a oleaginosa vem sofrendo pressão do avanço da colheita do Brasil, que atrai a demanda da China com a entrada de novos grãos no circuito comercial. As perdas podem ser limitadas pelo clima seco e quente da Argentina, que causa preocupações. Vale lembrar que a Argentina tem protagonismo na atual campanha, visto que o mercado espera que ela compense as perdas projetadas para o Brasil. As exportações da safra brasileira devem ser de 93 milhões de toneladas, segundo a StoneX, e de 96,5 milhões de toneladas, para a Céleres.