02/Feb/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago reverteram perdas iniciais e fecharam em leve alta nesta quarta-feira (31/01). Os negócios foram influenciados em parte pelo desempenho do farelo, que subiu mais de 1%. O derivado, por sua vez, avançou com o tempo quente e seco nas principais regiões agrícolas da Argentina. O país costuma ser o maior exportador mundial de farelo. O vencimento março da oleaginosa ganhou 3,50 cents (0,29%), e fechou a US$ 12,22 por bushel.

Cortes nas estimativas para a safra brasileira também deram suporte às cotações. A AgResource reduziu sua projeção em mais de 5 milhões de toneladas, para 145,40 milhões de toneladas. Os ganhos foram limitados por dados que mostraram contração da manufatura na China pelo quarto mês consecutivo. Segundo traders, uma economia chinesa mais fraca pode resultar em menor demanda por commodities. Os números da China pesaram sobre os preços de commodities. O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China subiu de 49,0 em dezembro para 49,2 em janeiro.

Apesar da alta, o resultado abaixo de 50 pontos indica que a atividade industrial da China continua em contração. A oleaginosa também segue pressionada pelo avanço da colheita no Brasil e pelo interesse da China voltado aos grãos da América do Sul. Segundo a Consus Ag Consulting, a demanda pelo grão norte-americano vem diminuindo e isso ficará ainda mais evidente quando a oferta sul-americana aumentar. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita atingiu 8,6% da área plantada no País até o dia 27 de janeiro.