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01/Feb/2024

Câmara Setorial levará suas demandas ao governo

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja e do Milho levará ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o pedido oficial do setor pela prorrogação dos financiamentos e por capital de giro para a safra. As demandas foram alinhadas entre as entidades que representam os produtores de grãos em reunião extraordinária realizada na terça-feira (30/01). Há a expectativa de um encontro do presidente da Câmara Setorial da Soja, André Dobashi, com o ministro da Agricultura para apresentação das demandas. O que está em jogo nessa safra é uma crise financeira dos produtores. Mesmo se houvesse recorde de safra, provavelmente não seria possível pagar essa conta. A demanda dos produtores é por prazo e linha de capital de giro para adquirir os insumos da próxima safra.

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) propôs um pedido de prorrogação dos financiamentos agropecuários por seis meses. É preciso fazer a reestruturação geral das cadeias produtivas e setor agrícola brasileiro com relação a endividamento, passivos e crédito bancário. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu, além da prorrogação dos financiamentos das operações de crédito rural vigentes por pelo menos seis meses e a renegociação de parcelas de financiamento vencidas com manutenção de juros, a atualização dos Preços Mínimos de soja, milho e trigo, a suplementação de recursos para a subvenção ao seguro rural e a regulamentação do Fundo de Catástrofe (Lei Complementar 137/2010). A proposta do fundo é garantir renda aos produtores em situações de intempéries climáticas e perda na safra. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) reforçou o pleito pelo fundo de catástrofe como um programa de garantia de renda ao produtor.

O setor não quer trabalhar somente com a linha de reestruturação. Hoje, a primeira medida é a prorrogação, mas o mote não é endividamento, é garantia de renda. A Aprosoja Rondônia externou à direção da Câmara a preocupação com o aumento das quebras de contrato (washouts) e com o crédito privado, aquele tomado entre o agricultor e a indústria. A sugestão é que o Ministério da Agricultura chame as tradings, exponha a situação da safra porque em algumas regiões não será possível cumprir os contratos. Geralmente, alguns contratos preveem até 50% de quebra nas entregas entre produtor e trading, mas o contrato da trading com comprador internacional permite somente até 20% de quebra, portanto, elas vão pressionar pela entrega. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.