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30/Jan/2024

Futuros de soja recuam com alta do dólar ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (29/01). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real e pelo recuo do petróleo. A fraca demanda externa pelo grão norte-americano também pesou sobre os contratos. As perdas, no entanto, foram limitadas pelo clima quente e seco na Argentina e por incertezas quanto à safra do Brasil. O vencimento março da oleaginosa perdeu 15,00 cents (1,24%), e fechou a US$ 11,94 por bushel. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja, que caiu quase 3%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Quanto à demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 889.717 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 25 de janeiro, queda de 24,9% ante a semana anterior. Do total, 487.408 toneladas tinham como destino a China. No Brasil, a AgRural informou que a colheita da safra de soja alcançou, até o dia 25 de janeiro, 11% da área estimada para o País, em comparação com 6% uma semana antes e 5% um ano atrás.

Apesar do ritmo acelerado na colheita, o avanço das máquinas perdeu um pouco de fôlego devido ao aumento das chuvas em diversos Estados, com destaque para Mato Grosso, onde os relatos de produtividade continuam confirmando a frustração da safra. Em contrapartida, as precipitações chegaram em boa hora a áreas de diversos Estados que vinham enchendo grãos sob forte calor e pouca umidade, especialmente o Paraná. Na Argentina, a umidade do solo continua boa, mas o clima seco pode afetar a condição das lavouras.