29/Jan/2024

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) enviou na sexta-feira (26/01) um ofício à Secretaria de Política Agrícola do Ministério de Agricultura e Pecuária pedindo ao titular, Neri Geller, R$ 500 milhões do Tesouro para alongar as dívidas dos produtores do Estado afetados pela estiagem. No ofício, a entidade também pede a criação de duas linhas emergenciais de crédito. Uma em dólar, no valor de US$ 1,95 bilhão, via BNDES, com taxa de 5,5% ao ano mais variação cambial, e outra em Reais, estimada em R$ 1,05 bilhão, com recursos do Tesouro, a taxa de 7% ao ano.

A entidade sugere cinco anos de prazo e um de carência. A Aprosoja-MT propõe que o Ministério da Agricultura coordene diálogo com as tradings para discutir cláusulas do washout, já que os produtores com perdas mais significativas não conseguirão entregar a soja negociada antecipadamente. A entidade pede que os percentuais sejam reajustados, no mínimo, aos patamares a que essas companhias são submetidas em contratos internacionais. Entre as sugestões constam ainda o fortalecimento do seguro rural e o desenvolvimento de novos instrumentos de gestão de risco.

O objetivo, diz o texto, é evitar que o poder público seja demandado no futuro a desembolsar grandes montantes para manter a agricultura viável. No ofício, a Aprosoja pede a extinção da Moratória da Soja, que proíbe a compra do grão produzido em áreas desmatadas após 2008 no bioma da Amazônia, mesmo que legalmente. O argumento é de que se sobrepõe ao Código Florestal. Produção sustentável é aquela que respeita o Código Florestal e que observa os ditames do art. 225 da Constituição Federal, diz o texto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.