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25/Jan/2024

Grãos: boas safras pressionaram preços em 2023

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia), os preços da soja, do milho e do trigo recuaram mais de 20% no acumulado de 2023 na comparação com o ano anterior. Os grãos são os três mais utilizados pela indústria para fabricação de pães, biscoitos e óleos. As safras recordes pressionaram as cotações das commodities. No caso do trigo, o valor pago no mercado doméstico caiu 27,5% entre 2022 e 2023, para R$ 1.282,00 por tonelada ao fim do ano passado. Acompanhando a queda da matéria-prima, a farinha de trigo cedeu 10%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro.

A safra do trigo foi recorde de 10,5 milhões de toneladas em 2022 e de 8,1 milhões de toneladas em 2023, o que contribuiu para preços menores do grão. O preço do milho diminuiu 22,4% no ano passado, alcançando R$ 1.113,00 por tonelada ao fim de 2023. O clima teve um peso relevante, já que favoreceu a produção recorde de 131,9 milhões de toneladas no ano passado, 16,6% acima da safra anterior. Ao longo do ano, o preço foi caindo à medida em que as safras foram sendo colhidas.

As cotações da soja, por sua vez, cederam 21,5% em 2023, alcançando um preço médio de R$ 2.319,00 por tonelada no fim do ano. Entre os derivados, o destaque foi o óleo de soja, cujo preço caiu 29% segundo o INPC acumulado até novembro, sendo um dos mais relevantes para a queda da inflação de alimentos da cesta básica. A produção brasileira recorde de 154,6 milhões de toneladas na safra colhida em 2023 foi o principal fator para a retração dos preços da oleaginosa. A indústria de alimentos processa aproximadamente 58% da produção agropecuária brasileira. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.