25/Jan/2024

Segundo a Confederação Rural Argentina (CRA), os produtores do país perderam mais de US$ 15 bilhões durante a safra 2022/2023. As perdas foram atribuídas aos valores pagos nas taxas de exportação (retenciones), que somaram US$ 4,5 bilhões, além dos efeitos da seca severa. Para 2023/2024, os produtores tiveram que refinanciar as dívidas e se endividaram para poder plantar novamente. Com isso, a CRA se posicionou contrariamente ao aumento do imposto, alegando que isso vai reduzir em 10% a renda do produtor em um ano de custos altos.

No mês passado, o governo argentino anunciou que produtos agrícolas, como o milho e o trigo, teriam taxa de exportação de 15% (ante 12%), enquanto a soja ainda seria tributada em 33%. Somado ao aumento do custo dos insumos, isso faria com que o rendimento esperado caísse de 30% a 35%, podendo ser negativo em algumas localidades. Atualmente, os preços do milho, trigo e soja estão em queda acentuada, o que torna mais grave os efeitos da taxa de exportações.

O milho, por exemplo, teria arrecadação extra de aproximadamente US$ 120 milhões, cifra insignificante se comparada aos mais de 6,5 bilhões que o setor já contribuiu. Com a nova taxa de câmbio, os produtores tiveram uma melhora de 28% nos ganhos, mas os custos em pesos subiram de US$ 360,00 por tonelada para US$ 800,00 por tonelada. Analisando as relações insumo/produto, o poder de compra dos grãos, apesar da depreciação, caiu significativamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.