23/Jan/2024
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (22/01). Os ganhos foram sustentados por relatos iniciais em áreas já colhidas no Brasil que mostram perda de produtividade. O vencimento março da oleaginosa subiu 11,00 cents (0,91%), e fechou a US$ 12,24 por bushel. Segundo a AgRural, a colheita no Brasil alcançou na quinta-feira (18/01) 6% da área estimada para o País, em comparação com 2,3% uma semana antes e 1,8% um ano antes.
O avanço expressivo, no entanto, pode ser explicado pelo encurtamento do ciclo das lavouras e pelas perdas de produtividade resultantes da estiagem e do calor. Enquanto as baixas produtividades não surpreendem em Mato Grosso, Estado mais afetado pela estiagem, no Paraná os rendimentos abaixo do esperado decepcionam. De acordo com o boletim semanal, o calor e a irregularidade das chuvas têm afetado as lavouras na reta final da fase de enchimento de grãos. O avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também deu suporte aos preços.
O óleo de soja, que subiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A alta foi limitada pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,16 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana até 18 de janeiro, queda de 9,16% ante a semana anterior.