22/Jan/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devolveram ganhos e fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (19/01). O vencimento março da oleaginosa cedeu 0,25 cent (0,02%), e fechou a US$ 12,13 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,90%. O mercado foi impulsionado inicialmente por sinais de demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 297 mil toneladas de soja do ano comercial 2023/2024 para a China. Este foi o primeiro anúncio de venda avulsa de soja para o país asiático desde 15 de dezembro.

Em relatório semanal, o USDA informou que exportadores venderam 781,3 mil toneladas de soja da safra 2023/2024, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 11 de janeiro. O volume representa aumento de quase 180% ante a semana anterior, mas recuo de 6% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2024/2025, foi reportada venda de 1,7 mil toneladas. A China comprou 465,1 mil toneladas do volume total, de 783 mil toneladas. O saldo das vendas das duas safras veio mais próximo do teto das estimativas de analistas, que iam de 400 mil a 900 mil toneladas. Incertezas em relação à safra brasileira também deram suporte à oleaginosa.

Isso porque há uma discrepância entre as previsões de empresas privadas, que indicam safra em torno de 150 milhões de toneladas, e as estimativas oficiais, que apontam para um recorde de produção com pouco mais de 155 milhões de toneladas. Esses fatores, porém, foram contrabalançados por perspectivas favoráveis para a safra da Argentina e pelo recuo do petróleo. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio de soja da safra 2023/2024 no país alcançou 97,1% da área projetada, de 17,3 milhões de hectares. Na semana, o avanço foi de 4,3%. Na comparação com igual período do ano passado, os trabalhos estão 1,6% adiantados. A parcela da safra em condição entre normal e excelente era de 98%.