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22/Jan/2024

El Niño causou perdas irreversíveis em todos Estados

Segundo a Agroconsult, a quebra de 15,3 milhões de toneladas na safra brasileira de soja foi classificada como irreversível. Trata-se de uma queda de 3,7% ante a safra passada, quando o Brasil colheu 159,7 milhões de toneladas. A forte intensidade do fenômeno meteorológico El Niño provocou irregularidades nas lavouras durante o plantio e desenvolvimento das plantas em todas as regiões produtoras. Diferentemente do que costuma acontecer, neste ciclo 2023/2024, além de provocar chuvas em excesso nas Região Sul e seca na Região Norte, El Niño teve um forte impacto sobre a Região Centro-Oeste, que costuma ser neutra. Os estragos nas lavouras neste ciclo são ainda maiores do que os verificados na safra 2015/2016 devido à precocidade das lavouras. A produtividade média é estimada em 56,1 sacas de 60 Kg por hectare contra 60 sacas de 60 Kg por hectare na safra 2022/2023. A área plantada cresceu 2,9%, para 45,7 milhões de hectares.

Essa safra tinha potencial para ultrapassar 169 milhões de toneladas diante do aumento de área, do bom nível tecnológico utilizado no campo e provável cenário de recuperação do Rio Grande do Sul que, na temporada anterior, deixou de produzir 8 milhões de toneladas. As lavouras que estão sendo colhidas agora são as mais afetadas pela seca. Áreas com variedades de ciclo médio e tardio apresentam melhores condições, pois receberam chuvas após a segunda quinzena de dezembro. O receio recai sobre o possível excesso de chuvas durante a colheita nas próximas semanas. Os Estados mais afetados foram os da Região Centro-Oeste, seguidos pela Bahia. Em Mato Grosso, a produtividade média estimada pela Agroconsult é de 52,5 sacas de 60 Kg por hectare contra 63,8 sacas de 60 Kg por hectare na safra passada.

Em Mato Grosso do Sul, a região norte apresenta quebra e a produtividade geral estimada é de 59 sacas de 60 Kg por hectare contra 64 sacas de 60 Kg por hectare na safra passada. Em Goiás, a média é de 56 sacas de 60 Kg por hectare contra 65,5 sacas de 60 Kg por hectare na temporada 2022/2023. A Bahia foi o Estado com maior percentual de replantio, de 15% da área. A produtividade projetada é de 58,5 sacas de 60 Kg por hectare (67 na temporada passada). No Maranhão, Piauí e Tocantins, a estimativa é de 54,8 sacas de 60 Kg por hectare (61,2 sacas de 60 Kg por hectare na safra anterior). Em Minas Gerais, a previsão é de 59 sacas de 60 Kg por hectare (65,3 sacas de 60 Kg por hectare em 2022/2023). O Paraná registrou o melhor início de safra da história, com chuvas que permitiram um bom avanço do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras do norte e oeste. Mas no sudeste e sudoeste já há queda de potencial pelo excesso de chuvas, baixa luminosidade e alta presença de doenças.

A produtividade é estimada em 60 sacas de 60 Kg por hectare (66 sacas de 60 Kg por hectare na safra passada). No Rio Grande do Sul, com as chuvas acima da média nos meses de novembro e dezembro, as lavouras se desenvolvem de forma satisfatória até o momento. O Estado pode passar por um período de veranico nas próximas semanas, alerta. A projeção é de 55,5 sacas de 60 Kg por hectare (36,9 sacas de 60 Kg por hectare no ciclo passado). Desde o dia 12 de janeiro, as equipes técnicas da consultoria têm realizado a avaliação das condições das áreas plantadas no oeste de Mato Grosso e na região da BR 163 em áreas de soja precoce. As equipes técnicas irão percorrer mais de 80 mil Km por 12 Estados (Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) para avaliar as condições de desenvolvimento e colheita da soja. Outras seis equipes avaliarão as lavouras de milho 2ª safra de 2024, em maio e junho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.