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17/Jan/2024

China reduzirá importação de soja no 1º trimestre

A demanda antes crescente da China por soja diminuirá em cerca de um quinto no primeiro trimestre de 2024 em relação ao ano anterior, depois um abate recorde que reduziu os rebanhos de suínos, pressionando os preços antes de uma esperada safra abundante de grãos na América do Sul. A redução das compras pelo principal importador do mundo significa mais pressão sobre o contrato de referência de soja na Bolsa de Chicago, que está sendo negociado em uma mínima de mais de dois anos após cair 15% no ano passado. Segundo a Sitonia Consulting, há um grande descompasso entre a ração disponível e os suínos para consumi-la. Uma piora no setor de suínos no final do ano passado provocou uma corrida para o abate por parte dos fazendeiros que lutavam contra a queda dos preços de seus suínos, os altos custos e um surto de peste suína africana (PSA).

A expectativa é de que a China importe uma média de cerca de 18,5 milhões de toneladas de soja no primeiro trimestre, abaixo dos 23,1 milhões de um ano atrás, estimam empresas de pesquisa e comércio. Pelas previsões, pelo menos metade dos grãos deverá ser cultivada nos Estados Unidos. Esse número marcaria a menor importação da China para o primeiro trimestre desde 2020. Este ano, observa-se uma grande oferta da América do Sul, mas, do lado da demanda, não está previsto muito aumento, dadas as margens desfavoráveis de suínos e aves. A China compra mais de 60% da soja comercializada globalmente, importando-a principalmente dos principais produtores, Brasil e Estados Unidos, para transformá-la em farelo de soja para ração animal e óleo de cozinha.

Os estoques chineses da oleaginosa aumentaram depois que as importações do ano passado, de 99,41 milhões de toneladas, atingiram o maior nível em três anos, com um aumento de 11% em relação a 2022, impulsionadas pelos grãos brasileiros baratos e pela demanda para ração depois que as fazendas de suínos expandiram seus rebanhos. Mas, agora, com menos suínos para alimentar, os futuros do farelo de soja na Bolsa de Dalian caíram 8% este mês, atingindo seu nível mais baixo desde agosto de 2023. A demanda morna ocorre em meio a previsões de colheita maior, de cerca de 52 milhões de toneladas na temporada 2023/2024 para o terceiro maior produtor, a Argentina, depois que a seca prejudicou sua safra anterior. Isso deverá compensar as perdas esperadas na safra do Brasil, o maior produtor mundial da oleaginosa. Os agricultores dos Estados Unidos também devem plantar mais soja em vez de milho este ano, devido às expectativas de aumento da demanda por biocombustíveis à base de soja. Fonte: Agrimídia. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.