12/Jan/2024

A consultoria Pátria Agronegócio cortou sua estimativa para a safra brasileira de soja de 150,69 milhões de toneladas previstas em 30 de novembro para 143,18 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, é 7,4% inferior ao colhido na temporada passada, e 21,5 milhões de toneladas menor que o potencial produtivo do País, de 164,67 milhões de toneladas. É a segunda maior quebra de safra de soja do País, ficando atrás apenas da temporada 2021/2022. O levantamento foi realizado a pedido da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil).

A área plantada no País ficou em 44,42 milhões de hectares, 0,7% acima do semeado na temporada passada, mas abaixo do inicialmente esperado de 45,62 milhões de hectares. A queda na remuneração e a falta da janela ideal desestimularam o plantio pelos produtores. A produtividade da safra é estimada pela consultoria em 3,223 toneladas por hectare, queda de 8,1% contra o ciclo 2022/2023. Para Mato Grosso, principal Estado produtor do País, a previsão é de uma queda de 17% na produtividade, com a safra passando de 45,6 milhões de toneladas para 37,86 milhões de toneladas.

O epicentro dos problemas está nas principais regiões produtoras, com a presença do El Niño de alta intensidade. A produtividade na Bahia deve cair 16,7% e em Tocantins 12%. Com 50% da safra de soja em florescimento, a produção pode ser revisada novamente para baixo a depender do desenvolvimento das lavouras. Ainda pode haver novos cortes na produção. As chuvas ainda serão importantes. Sobre a 2ª safra de milho de 2023, o encurtamento da janela de plantio pode levar a uma redução maior que a esperada no País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.