11/Jan/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam baixa nesta quarta-feira (10/01). A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu mais cedo sua estimativa para a safra brasileira, mas a projeção ainda representa um recorde, o que pressionou as cotações. A expectativa agora é de uma colheita de 155,27 milhões de toneladas, queda de 4,2% ante as projeções iniciais, de 162 milhões de toneladas. Na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidos 154,61 milhões de toneladas, a estimativa representa aumento de 0,4%. O vencimento março da oleaginosa recuou 12,00 cents (0,96%), e fechou a US$ 12,36 por bushel.

O clima ainda é um fator que pode influenciar esse resultado, principalmente quando ocorrem os estágios de floração e enchimento dos grãos. Os técnicos da companhia continuarão acompanhando o desenvolvimento das lavouras a fim de verificar os impactos das condições climáticas no desempenho final. Além disso, há hesitação em estabelecer novas posições compradas antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta sexta-feira (12/01). Embora uma redução na safra brasileira seja esperada, o tamanho da redução está sendo fortemente debatido.

Qualquer redução inferior a 5 milhões de toneladas na soja provavelmente não provocará alta. A análise é de que o mercado está mais concentrado na produção total da América do Sul, muito maior do que há um ano, especialmente na soja. Em seu relatório de dezembro, o USDA estimou a safra brasileira em 161 milhões de toneladas. Normalmente, as projeções da agência são maiores do que as da Conab. Nesta sexta-feira (12/01), o USDA publica também seu relatório trimestral de estoques. De acordo com analistas, as reservas de soja dos Estados Unidos em 1º de dezembro do ano passado somavam 81,16 milhões de toneladas, ante 82,23 milhões de toneladas em igual data do ano anterior.