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10/Jan/2024

Soja: RS poderá compensar perdas na safra de MT

Com o avanço da colheita de soja e a confirmação da quebra de safra em Mato Grosso, o Rio Grande do Sul concentra as atenções do mercado. Segundo a AgRural, o Rio Grande do Sul tem potencial para repor neste ciclo as 10 milhões de toneladas perdidas com a seca em 2022/2023 e compensar o que não será produzido por Mato Grosso. Em sua última estimativa, em dezembro, a AgRural calculou perdas de aproximadamente 5,5 milhões de toneladas em Mato Grosso. É bastante provável que essa perda seja maior. Se o Rio Grande do Sul vier com uma safra "normal", de 21 a 23 milhões de toneladas, o Estado acabará compensando pelo menos parte das perdas de Mato Grosso e de eventuais reduções nos demais Estados.

Como quase todos os Estados tiveram recorde de produtividade na safra passada, é razoável que eles tenham alguma redução na safra atual. Nesse caso, em um comparativo global, a safra do Rio Grande do Sul pode significar para a safra brasileira o que a safra argentina deve significar para os estoques mundiais, uma vez que as previsões para o país vizinho têm garantido a safra da América do Sul no contexto global. A quebra em Mato Grosso está consolidada. O mercado externo olha para a produção da América do Sul como um todo e não para o Brasil isoladamente. Não há mais preocupação com Mato Grosso nem com Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que está com chuvas mais alinhadas.

O risco para a região é menor do que o estimado inicialmente. Para Mato Grosso, áreas plantadas tardiamente estão sendo beneficiadas com chuvas no momento. É difícil dizer qual vai ser o tamanho da safra. Será menor, mas é difícil precisar quanto. O Paraná está colhendo com boas produtividades, mas o Rio Grande do Sul está completamente em aberto, e isso também pode ajudar na manutenção da safra. mas o tamanho da safra do Rio Grande do Sul só será conhecido no fim de fevereiro/começo de março. Muita coisa ainda pode acontecer. No momento, preocupa um pouco o calor e a falta de chuvas no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.