10/Jan/2024

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (09/01). O mercado passou por correção após ter recuado nas três sessões anteriores e acumulado perda de 2,47% no período. Os ganhos também foram sustentados pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento março da oleaginosa ganhou 3,00 cents (0,24%), e fechou a US$ 12,48 por bushel.

Esses fatores foram contrabalançados pela previsão de chuvas para a Região Centro-Oeste do Brasil, pelas boas perspectivas para a safra da Argentina e pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita de soja no Brasil estava 0,6% concluída até o dia 7 de janeiro. Na comparação com igual período do ano passado, os trabalhos estão 0,3% adiantados. O plantio avançou 0,7% na semana, para 98,6% da área total prevista no País. Há atraso, contudo, de 0,3% na comparação anual.

Investidores aguardam nesta semana o levantamento da Conab, que será divulgado nesta quarta-feira (10/01), e o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na sexta-feira (12/01). O relatório de janeiro do USDA é bastante esperado porque traz as estimativas finais para as safras norte-americanas de soja e milho que foram colhidas no ano passado. A Conab pode reduzir sua projeção para a safra brasileira de soja, após consultorias privadas terem feito o mesmo nas últimas semanas. O USDA também deve atualizar sua estimativa para a produção do Brasil, mas o número costuma ser maior do que o da Conab.