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08/Jan/2024

Balanço global de soja deve seguir folgado em 2024

Apesar da perspectiva de uma menor safra no Brasil, o balanço global entre oferta e demanda de soja da safra 2023/2024 segue folgado, avalia o Itaú BBA. Mesmo com a redução para a safra do Brasil, o balanço global ainda sinaliza maior conforto em relação ao apresentado na safra 2022/2023. O tamanho da produção do Brasil ainda depende muito de como serão as chuvas até o final de dezembro e em janeiro. Com uma safra de 153 milhões de toneladas, é possível atender ao crescimento da demanda interna e exportar algo ao redor de 95 milhões a 96 milhões de toneladas, atendendo também à demanda externa, segundo o relatório mensal do banco. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram aumento de 12% nos estoques finais no ciclo 2023/2024 ante o anterior.

O Itaú BBA projeta uma produção brasileira de 153 milhões de toneladas, enquanto o USDA prevê safra do país em 161 milhões de toneladas. Contudo, para a folga no balanço global ser concretizada será necessário também a retomada da produção argentina, pondera a instituição financeira, sobretudo diante da potencial redução da safra brasileira. A expectativa é de uma retomada na produção argentina nesta safra, com uma colheita próxima de 50 milhões de toneladas. O balanço global pode não apresentar folga na safra 2023/2024 em relação à safra 2022/2023, a depender do tamanho da safra da América do Sul. Considerando uma safra norte-americana em 112 milhões de toneladas, a brasileira em 153 milhões de toneladas e a argentina em 48 milhões de toneladas, a relação estoque/consumo se manteria em 28% na safra 2023/2024, a mesma de 2022/2023.

Em relação à demanda, o Itaú BBA afirma que segue otimista com o consumo chinês, embora a produção de suínos do país asiático reporte conjuntura de queda de margens. O USDA prevê aumento de 3% na demanda chinesa de soja em 2023/2024, acompanhando o desempenho dos últimos cinco anos. Nas últimas semanas, os chineses aumentaram as compras de soja dos EUA, diante dos preços em queda e de uma preocupação maior em relação ao atraso da safra do Brasil. Entretanto, grande parte da demanda chinesa para o primeiro trimestre de 2024 segue aberta e, diante do quadro de atraso da safra brasileira, é possível que a China siga importando grandes volumes de soja norte-americana para atender às necessidades do período. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.