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19/Dec/2023

Futuros da soja fecham em alta com clima no Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta segunda-feira (18/12). A expectativa é de que o mercado fique mais esvaziado nesta semana que antecede o feriado de Natal, o que pode resultar em maior volatilidade. O vencimento março da oleaginosa subiu 8,50 cents (0,64%), para US$ 13,40 por bushel. Os negócios foram influenciados em parte pelo clima desfavorável no Centro-Oeste do Brasil. O plantio da safra de soja no País atingiu 94% da área estimada na quinta-feira (14/12), em comparação com 91% uma semana antes. Em anos anteriores, os trabalhos já tinham sido concluídos nesta data. De modo geral, o padrão climático não registrou mudanças significativas na semana passada. Embora áreas pontuais do Centro-Norte do país tenham recebido precipitações muito bem-vindas, a distribuição das chuvas manteve-se bastante manchada.

Essa cobertura ruim, combinada às altas temperaturas, reforça o estresse hídrico das plantas em áreas em que a umidade já vinha escassa. No momento, a maior preocupação fica por conta de Mato Grosso, que já tem perdas consolidadas de produção, e da Bahia, onde vastas áreas precisam de replantio por causa da falta de umidade. O recuo do dólar ante o Real e a alta do petróleo também deram suporte aos preços. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto o avanço do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Os ganhos também foram sustentados por dados de inspeção de embarques dos EUA.

De acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA), 1,4 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 14 de dezembro, aumento de 41% ante a semana anterior. Esses fatores foram contrabalançados pelas condições climáticas favoráveis na Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse na semana passada que o plantio no país tinha alcançado 59,5% da área total projetada, de 17,3 milhões de hectares. A bolsa disse ainda que 96% da safra apresentava condição entre normal e excelente. Traders também aguardam para ver se a desvalorização do peso na Argentina terá o efeito esperado, de estimular a venda de soja por parte de produtores no país. O governo argentino anunciou hoje que pretende elevar em 2 pontos porcentuais a tarifa sobre a exportação de derivados de soja (farelo e óleo), de 31% para 33%, igualando-a à da soja em grão. Isso poderia estimular maiores exportações do grão não processado.