18/Dec/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (15/12). O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 1,75 cent (0,13%), e fechou a US$ 13,15 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 0,90%. O mercado foi influenciado em parte por mais uma venda expressiva de soja norte-americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram vendas de 581,5 mil toneladas de soja do ano comercial 2023/2024, sendo 447,5 mil toneladas para destinos não revelados e 134 mil toneladas para a China.

Somente na semana passada, as vendas avulsas de soja dos Estados Unidos totalizaram cerca de 1,44 milhão de toneladas. O tempo quente e seco em áreas de cultivo do Brasil também deu algum suporte aos preços. A previsão é de chuvas no fim desta semana, mas essa espera parece muito longa, principalmente com o tempo quente retirando umidade do solo. Esses fatores foram contrabalançados pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. As condições climáticas favoráveis na Argentina também pesaram sobre os contratos.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio no país avançou 7,8% na última semana e alcançou 59,5% da área total projetada, de 17,3 milhões de hectares. Na comparação com igual período da temporada passada, os trabalhos estão 9% adiantados. Além disso, 96% da safra apresentava condição entre normal e excelente. A desvalorização do peso na Argentina, que pode estimular a venda de soja por parte de produtores, foi outro fator baixista para os preços. A medida, no entanto, ainda não teve o efeito esperado pelo mercado.