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15/Dec/2023

Custos de produção de soja recuam em 2023/2024

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custeio da soja da safra 2023/2024 em Mato Grosso recuou 16% na safra atual em comparação com a safra 2022/2023, motivado pela redução nos custos dos insumos agrícolas. O funding total da safra de soja no Estado é de R$ 50,41 bilhões para a safra 2023/2024. Os fertilizantes apresentaram recuo de 25,33%. A área plantada da safra 2023/2024 é de 12,22 milhões de hectares, com custeio de R$ 4,1 mil por hectare. A área de soja terá um aumento de 0,82% ante a safra 2022/2023, influenciada pela migração de pecuaristas para a agricultura. No entanto, o avanço está abaixo do observado nos últimos anos, como reflexo da desvalorização do grão e dos seus coprodutos, desmotivando maiores investimentos no cultivo da oleaginosa.

A participação de recursos próprios do produtor no financiamento da safra 2023/2024 foi a principal fonte do custeio, mas apresentou redução de 1,43%, com participação de 31,58% do funding da oleaginosa. A redução está atrelada ao cenário vivido pelos produtores nesta safra, no qual foi observada queda expressiva no preço da commodity, acarretando o atraso da comercialização da oleaginosa no Estado. Com as margens mais apertadas, os produtores se voltaram às relações de trocas em momentos mais favoráveis a ponto de obter melhores preços de compras de seus insumos.

A participação das multinacionais, segunda principal fonte de crédito utilizada pelo produtor de Mato Grosso, também registrou um recuo 2,72%, totalizando 29,52% do financiamento. A participação das revendas apresentou aumento de 3,11%, com 18,06%. Os bancos registraram uma redução de 0,62% na participação, com 16,72% de todo o financiamento. As condições climáticas desfavoráveis para o plantio limitaram o produtor a reter créditos oriundos das multinacionais, visto sua maior rigidez na análise e destinação de crédito quando comparado às revendas. Houve aumento do interesse dos produtores em migrar para os recursos federais, que tiveram valorização de 1,66%, representando 4,12% do financiamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.