15/Dec/2023

Segundo a Aprosoja Brasil, a soja em Mato Grosso, principal Estado produtor e o mais afetado pela irregularidade de chuvas neste ano, pode ter uma quebra de 20% na safra 2023/2024. Discrepâncias observadas entre as plantações em diversos municípios do Estado podem não confirmar as estimativas de produção para a soja do Estado e brasileira, realizadas por diversos institutos e consultorias, como o próprio Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). De acordo com o mais recente levantamento da entidade, a produção do grão no Estado em 2023/2024 será de 42,13 milhões de toneladas, 7% abaixo do ciclo anterior.

Mas, a principal associação de sojicultores do País diz que a quebra em Mato Grosso pode ser ainda maior. E virá muito mais daqui para frente. As diversas realidades nas plantações do Estado podem ser observadas ao longo dos municípios cortados pela BR-163, que atravessa Mato Grosso. No norte e noroeste de Mato Grosso, há muitas áreas com condições de lavoura bastante diversas em uma mesma fazenda. Chove em uma parte e não chove em outra. A situação está elevando o percentual de replantio no Estado.

Além disso, os problemas causados pela falta de chuvas ideais para o plantio na região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Rondônia, Goiás, Mato Grosso do Sul e até no norte do Paraná devem reforçar uma quebra mais intensa do que as estimativas apontam. É impossível que o Brasil colha a safra de soja estimada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 161 milhões de toneladas, e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 160,18 milhões de toneladas. Haverá quebra. Não há como o País repetir ou mesmo se aproximar da safra recorde do ano passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.