ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

15/Dec/2023

Mudança no teor de umidade da soja desagrada setor

Durante uma audiência pública realizada no dia 13 de dezembro na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) expressou sua preocupação em relação à proposta de alteração no teor de umidade da soja para 13% no novo padrão oficial de classificação do grão brasileiro. Essa mudança pode resultar em prejuízos econômicos para os produtores do País. A alteração proposta pelo Ministério da Agricultura poderia penalizar principalmente os pequenos produtores que não possuem muita infraestrutura.

Foi ressaltada a posição contrária da CNA a essa mudança, afirmando que a cadeia produtiva vem operando eficientemente por décadas, e aceitar a alteração implicaria em transferir os custos diretamente para os produtores. Com o teor de umidade reduzido para 13%, o volume total de soja seria menor devido à maior secagem dos grãos. A CNA e as Federações de agricultura e pecuária dos Estados estão abertas ao diálogo, desde que o texto aprovado não resulte em prejuízos dentro da porteira e que haja uma compensação financeira justa para os produtores rurais. O novo texto do Regulamento Técnico da Soja traz novos conceitos de avariados, referência de óleo e proteína, limites de tolerância e a redução do teor de umidade dos grãos.

A questão da umidade não é consensual entre os setores e existe o risco de os padrões de compra serem reformulados em contrato, escapando das regulamentações do padrão oficial de classificação. A redução da umidade da soja teria impactos na produção de matéria-prima, resultando em uma perda de 1,15% a cada 100 Kg, e poderia afetar a dinâmica de descarga na entrega da soja colhida, prolongando as filas de descarga devido ao tempo estendido de secagem do produto. Fonte: CNA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.