14/Dec/2023

Segundo dados atualizados do Consórcio Antiferrugem, a safra 2023/2024 já registrou 72 ocorrências de ferrugem asiática nas lavouras de soja no País. No ano passado, neste período, o Brasil tinha registrado apenas 5 ocorrências. Todos os casos atuais foram identificados em Estados das Regiões Sul e Sudeste. Somente no Paraná, o consórcio já identificou 61 casos. O Rio Grande do Sul tem 5 casos, Santa Catarina e São Paulo, 3 casos cada. De acordo com a Embrapa Soja, neste ano, em função dos problemas climáticos causados pelo fenômeno climático El Niño, com muitas chuvas na Região Sul, os casos começaram mais cedo do que nos anos anteriores. Houve um início precoce da doença. Os números são preocupantes, pois quando as ocorrências começam a acontecer, significa que a doença já está bem espalhada.

A ferrugem é uma doença que gosta de umidade. Por isso ela ainda não subiu em direção aos outros Estados, onde o clima está bem seco. A incidência da ferrugem asiática é maior na fase de plantio. Lavouras em fase de enchimento de grãos não devem ter tantos problemas. Como muitas áreas estão com atraso na semeadura, a atenção com os tratos culturais precisa ser redobrada. Os esporos começam a se espalhar quando começa a colheita. Se tiver colheitas e plantios muito próximos, a tendência é de a doença se espalhar. Ainda é cedo para dizer que a ferrugem vai afetar a produtividade. Há fungicidas específicos, mas se o produtor não os usar de modo correto eles podem não ter eficiência e a ferrugem pode trazer prejuízos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.