14/Dec/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (13/12), após o governo argentino ter desvalorizado o peso em relação ao dólar. Isso poderia estimular vendas de soja por parte de produtores, o que melhoraria o abastecimento das esmagadoras e poderia resultar em maiores exportações de farelo e de óleo de soja. O farelo recuou quase 2%, enquanto o óleo perdeu cerca de 1%. O vencimento janeiro da soja em grão recuou 16,25 cents (1,23%), e fechou a US$ 13,07 por bushel.

Os negócios foram influenciados, ainda, por preocupações com o ressurgimento da peste suína africana (PSA) na Ásia, que pode afetar a demanda da China pela oleaginosa. Nesta semana, porém, exportadores dos Estados Unidos já relataram três vendas avulsas de soja para destinos não revelados, totalizando 455 mil toneladas. De acordo com analistas, vendas para destinos não revelados muitas vezes têm como destino a China.

As perdas foram limitadas pelo clima desfavorável em áreas de cultivo do Brasil. Na Região Centro-Oeste, que já sofre com a falta de umidade, a expectativa é de mais uma onda de calor nos próximos dias. O fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenha mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, impediu uma queda mais acentuada dos preços do óleo de soja. O derivado é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.