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13/Dec/2023

Futuros de soja recuam acompanhando o petróleo

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (12/12). O mercado foi pressionado pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O avanço do dólar ante o Real também pesou sobre os contratos, já que tende a estimular as exportações brasileiras. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 12,25 cents (0,92%), e fechou a US$ 13,23 por bushel.

Os negócios também foram influenciados por preocupações com o ressurgimento da peste suína africana (PSA) na Ásia, que pode afetar a demanda da China pela oleaginosa. Há dúvidas até de que o país esmagará 98 milhões de toneladas de soja neste ano, tendo em vista o ritmo acelerado de abate atual de suínos e as tentativas da China de reduzir o uso de farelo de soja em ração animal. Mesmo assim, ainda existe a possibilidade de que a China continue importando soja para compor suas reservas, devido às tensões geopolíticas atuais. Esses fatores foram contrabalançados pelo clima desfavorável no Brasil, onde se espera uma onda de calor na Região Centro-Oeste e chuvas abaixo do necessário nos próximos dias.

A Região Centro-Oeste já enfrenta um déficit hídrico que gera efeitos no progresso do plantio. As temperaturas voltarão a subir e haverá chuvas concentradas no oeste de Mato Grosso. Os produtores de Goiás e Bahia relatam locais de replantio. Há produtores no terceiro replantio. Um novo anúncio de venda avulsa de soja norte-americana também deu algum suporte aos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 198 mil toneladas de soja do ano comercial 2023/2024 para destinos não revelados.