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07/Dec/2023

Futuros caem com clima úmido na América do Sul

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (06/12). A commodity foi pressionada em parte pelo tempo úmido na Argentina, que melhora as perspectivas para o restante do plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras. A possibilidade de chuvas na Região Centro-Oeste do Brasil também pesou sobre os contratos. Um bom volume de chuvas na primeira quinzena de dezembro pode representar a diferença entre uma perda de 3 milhões a 5 milhões de toneladas e uma quebra de mais de 10 milhões de toneladas caso as condições de seca persistam.

O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 10,00 cents (0,77%), e fechou a US$ 12,95 por bushel. O mercado também foi influenciado pela queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que recuou quase 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. As perdas foram limitadas pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 3 milhões e 4,1 milhões de toneladas em dezembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Sinais de demanda chinesa pelo grão norte-americano também impediram uma queda mais acentuada das cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 136 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2023/2024.