06/Dec/2023

Os contratos futuros de soja fecharam em queda na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (05/12), seguindo a tendência observada desde sexta-feira (1º/12). A oleaginosa foi pressionada pela ausência de compras avulsas da China, esperadas pelo mercado. A pressão maior, no entanto, veio da perspectiva de clima favorável na América do Sul. São esperadas chuvas para regiões produtoras da Argentina, além de precipitações previstas para as regiões do Brasil que mais necessitam de umidade para amenizar o prolongado déficit hídrico vigente no Centro-Norte do País. O vencimento janeiro da oleaginosa caiu 0,75 cents (0,06%) e fechou em US$ 13,05 por bushel.

Analistas preveem que relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de dezembro projetará apenas pequenas mudanças nos estoques de grãos. Os números serão divulgados na sexta-feira (08/12). No cenário mundial, as ofertas internacionais também são esperadas um pouco menores em 2023/2024, com expectativa de queda nos estoques de milho e soja, enquanto as previsões de estoque de trigo devem aumentar nominalmente. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), o plantio da safra de soja 2023/2024 no Paraná avançou 3% na semana até o dia 4 de dezembro, e atinge 99% da área prevista.

As perdas na Bolsa de Chicago são limitadas pelas reduções nas projeções para a safra brasileira, que indicam baixa expectativa de produtividade por causa do atraso no plantio e em virtude das condições de desenvolvimento de algumas culturas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou avanço do plantio de soja do Brasil, para 83,1% da área planejada, ante 75,2% na semana anterior e 90,7% no mesmo período de 2022. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirmou prejuízos à safra do Estado pelo tempo quente e os longos períodos sem chuva. A produção da safra 2023/2024 em Mato Grosso deve ser de 42,13 milhões de toneladas, 3,78% menor em relação à previsão do mês passado.