04/Dec/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda na sexta-feira (1º/12) pelo segundo dia consecutivo, refletindo ainda a volatilidade do mercado, que vem acompanhando de perto as condições de plantio na América do Sul. O vencimento janeiro da oleaginosa caiu 17,75 cents (1,32%) e fechou a US$ 13,25 por bushel. A soja em grão foi pressionada também pela desvalorização dos derivados, tanto do óleo, que caiu 1,55%, quanto do farelo, que perdeu 2,67%. A demanda pela soja dos Estados Unidos, no entanto, limitou as baixas. Exportadores do país relataram vendas de 330 mil toneladas de soja do ano comercial 2023/2024, sendo 198 mil toneladas para a China e 132 mil toneladas para destinos não revelados, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O dólar em queda ante o Real também pesou. A previsão é de que em dezembro a região central do Brasil receba chuvas acima do normal, o que aliviaria o grave déficit hídrico sofrido. O avanço do plantio na Argentina também pesou sobre os futuros da oleaginosa. No país, 43,8% da área projetada para a soja, de 17,3 milhões de hectares, foi semeada, avanço de 9% ante a semana anterior, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A StoneX revisou para baixo sua estimativa de produção de soja brasileira 2023/2024.

O País deve produzir 161,9 milhões de toneladas, o que representa 3,1 milhões de toneladas a menos (-1,9%) em relação ao divulgado no mês anterior. Na comparação com igual período do ano passado, quando o volume foi de 157,6 milhões de toneladas, a produção deve crescer 2,7%. No entanto, fontes no Brasil não concordam com muitas empresas analíticas que cortaram as estimativas de produção do País. Mais negociadores também estão observando o quadro geral de que a produção total da América do Sul será maior este ano em relação ao ano passado, tanto para o milho quanto para a soja. Também é preciso lembrar que o Brasil tem amplas reservas da safra anterior de soja e milho, e a colheita da nova safra está a apenas algumas semanas de distância.