30/Nov/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (29/11), impulsionados pelas incertezas sobre a safra brasileira. Os contratos operaram perto da estabilidade, oscilando entre alta e baixa. Mas, as incertezas sobre a safra brasileira pesaram sobre os preços. A MB Agro apresentou uma estimativa geral de safra de 155 milhões de toneladas, que está abaixo do consenso entre comerciantes e analistas no País, que gira em torno de 159 milhões de toneladas. A crença de que a produção em Mato Grosso será reduzida em 10 milhões de toneladas parece ter sido o que mais chamou a atenção dos traders, sendo que o Estado responde por mais de 25% da produção de soja do Brasil em um ano médio.

O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 0,50 cents (0,04%) e fechou a US$ 13,47 por bushel. As condições climáticas na América do Sul dão sinais mistos ao mercado, pois mesmo com as chuvas recentes, os solos no Norte do Brasil permanecem mais secos do que o normal, enquanto o Sul continua úmido. Essas condições devem melhorar à medida que se avança para dezembro, o que está limitando compras adicionais de risco no mercado. Previsões indicam que as chuvas aumentarão novamente neste fim de semana, à medida que uma frente se move para a região, benéfica para o desenvolvimento da soja.

Mas, a soja foi negociada com leves quedas na rodada diária. A influência das novas chuvas nas áreas agrícolas da Argentina continuará melhorando o equilíbrio hídrico dos solos e as perspectivas para a campanha, cujo plantio avança rapidamente. Além disso, sem confirmação oficial de novas compras chinesas, o clima irregular no Brasil limitou as perdas com excesso de chuvas no Sul e grave déficit de umidade no Centro e Norte do País. Nestas regiões duas regiões, até agora as chuvas continuam muito irregulares e com cobertura muito inferior à necessária para garantir o encerramento do replantio e o desenvolvimento inicial das plantas.