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29/Nov/2023

Futuros de soja sobem com atraso no plantio do Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (28/11), impulsionados pelo atraso no plantio do Brasil e pelo persistente déficit hídrico no Centro-Norte do País, onde as chuvas da última semana não foram suficientes para reverter a seca. Apesar das perspectivas de chuvas nos próximos dias, nem todos estão dispostos a liquidar suas posições compradas até que a chuva ocorra. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 16,75 cents (1,26%), e fechou a US$ 13,46 por bushel. A demanda pelo grão norte-americano também pode ter contribuído com os ganhos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores norte-americanos relataram vendas de 123,3 mil toneladas de soja do ano comercial 2023/2024 para destinos não revelados.

As cotações ainda tiveram suporte do petróleo, em valorização expressiva nos mercados internacionais, o que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O dólar em desvalorização frente ao real também impulsionou os preços da oleaginosa. As chuvas são irregulares e menores do que o necessário para reverter a seca atual no Brasil e mais precipitações para a Região Sul agravariam os atuais excessos de umidade. Os modelos mostram pouca chuva nos próximos cinco dias para a região Central do Brasil e muita chuva para a Região Sul. Além disso, Mato Grosso entrou na fase mais importante para o enchimento de grãos. As lavouras mais avançadas estão em fase crítica. O oeste e o centro do Estado são as regiões mais avançadas, com lavouras plantadas por volta de 20 de outubro.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio da safra brasileira de soja 2023/2024 atingia 75,2% da área estimada no País até o dia 25 de novembro, O desempenho corresponde a um avanço de 9,8% ante uma semana atrás. Há atraso, contudo, de 10,9% em relação a igual período do ano passado, quando 86,1% da área estava semeada. Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para baixo sua estimativa para as exportações da soja em novembro. O volume embarcado da soja em grão deve ficar em 4,797 milhões de toneladas, ante projeção de 4,8 milhões de toneladas a 5,192 milhões de toneladas na última semana. De farelo de soja, o volume projetado é de 2,146 milhões de toneladas, ante 2,217 milhões de toneladas na semana passada.